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20 mil pessoas protestam e oram contra o aborto na ilha de Malta


20 mil pessoas protestam e oram contra o aborto na ilha de Malta

Indignados com as propostas de alteração na lei do aborto em Malta, milhares de manifestantes se reuniram na capital do país, Valletta, na tarde de domingo (4).

O protesto foi realizado na praça Castille, em frente ao gabinete do primeiro-ministro. Os organizadores pró-vida estimam que cerca de 20.000 pessoas compareceram à manifestação, informa o Times of Malta.

Vale lembrar que a ilha de Malta é relatada na Bíblia como o local no qual o apóstolo Paulo naufragou e pregou o Evangelho a seus habitantes. Hoje, Malta é um país católico e um dos mais conservadores da Europa.

Homens, mulheres, jovens e idosos carregaram cartazes com frases como: “Mantenha o aborto fora de Malta”, “Proteja nossos filhos” e “Eu não tenho voz”. A multidão gritou “não ao aborto, sim à vida” enquanto marchava da praça Castille em direção aos tribunais. 

Embora Malta seja um país católico, um pastor evangélico teve a oportunidade de fazer uma oração. Gordon Manche, líder da igreja River of Love, usou o microfone para interceder pela vida.


O pastor Gordon Manche orou durante o evento. (Foto: Jonathan Borg/Times of Malta)

O protesto foi organizado pela organização Life Network Foundation, em colaboração com Doctors for Life e I See Life.  

Maria Formosa, do grupo I See Life, disse que eles estavam lá para defender os nascituros. “Sabemos que há mulheres que sofrem com muitos problemas, problemas de saúde e problemas sociais, mas o aborto não é a resposta. A resposta é dar o apoio certo”.

A líder da Life Network Foundation, Miriam Sciberras, destacou: “Nós protegemos tantas minorias, tantas leis para proteger os animais, o meio ambiente, as leis que protegem os ovos de tartaruga — mas não apoiamos a vida no útero?”

Sciberras também anunciou que a fundação faria uma vigília de oração na quarta-feira (7) em frente ao Parlamento. 

O que causou o protesto?

O parlamento de Malta está discutindo um projeto de lei que pretende legalizar o aborto quando a gestante estiver em risco ou sua saúde estiver em “grave risco”.

As emendas, anunciadas pela primeira vez no mês passado, visam livrar médicos e grávidas de um processo criminal, caso a gravidez seja interrompida.

Malta é o único país da União Europeia que proíbe totalmente o aborto. De acordo com o código penal maltês, qualquer pessoa que procure ou ajude a realizar um aborto pode ser condenada de 18 meses a três anos de prisão.


Manifestantes na capital de Malta. (Foto: Life Network Foundation Malta/Facebook)

Embora o governo tenha argumentado que as emendas visam proteger médicos e mães em casos extremos, os críticos dizem que o texto das emendas é vago e pode levar à introdução do aborto na legislação.  

Além do movimento pró-vida, cristãos também se opõem à mudança na lei. Outras 44 entidades, mais de 80 acadêmicos e 450 médicos também se opõem às propostas do governo.

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