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CEO de time australiano renuncia por vínculo com igreja: “Minha fé não é tolerada”


CEO de time australiano renuncia por vínculo com igreja: “Minha fé não é tolerada”

O cristão Andrew Thorburn renunciou ao cargo de CEO do time australiano Essendon, em menos de 24 horas de ser nomeado, depois que seu vínculo com uma igreja foi criticado.

Andrew foi contratado como executivo-chefe do Essendon no dia 3 de setembro, com a expectativa que, junto com o treinador Brad Scott, resolvesse as dificuldades do time de futebol australiano.

Porém, na terça-feira (4), o jornal Herald Sun divulgou partes de um sermão da igreja em que Thorburn faz parte da presidência, a City on a Hill Church.

A pregação de 2013 da igreja anglicana conservadora foi criticada pelo jornal por condenar o aborto e a homosexualidade.

“Enquanto hoje olhamos para trás [com] tristeza e desgosto pelos campos de concentração, as gerações futuras olharão para trás com tristeza para o assassinato legal de centenas de milhares de seres humanos todos os dias por meio da medicina e em nome da liberdade”, afirmava um trecho do sermão.

Criticado por sua fé

Então, Andrew se viu em meio a polêmica e precisou decidir entre o emprego no time ou o cargo na igreja. O cristão escolheu a City on a Hill Church.

Em entrevista à rádio SEN, Thorburn, que ingressou na igreja em 2014, explicou: “Não sou pastor, meu trabalho em um papel de governança é garantir que tudo funcione bem, nem sempre concordo com o que é dito”.

Logo depois, em um comunicado, ele afirmou que sofreu intolerância religiosa: “Ficou claro para mim que minha fé cristã pessoal não é tolerada ou permitida em praça pública, pelo menos por alguns e talvez por muitos”.

“As pessoas devem ser capazes de ter visões diferentes sobre assuntos pessoais e morais complexos, e ser capazes de viver e trabalhar juntos, mesmo com essas diferenças, e sempre com respeito”.

Intolerância religiosa no esporte

Já o presidente do clube, Dave Barham, alegou que a renúncia de Andrew se tratava de uma questão de conflito de interesses.

“Também quero enfatizar que não se trata de difamar ninguém por suas crenças religiosas pessoais, mas de um claro conflito de interesses com uma organização cujos pontos de vista não se alinham com nossos valores como um clube seguro, inclusivo, diversificado e acolhedor”, afirmou Barham, durante uma coletiva de imprensa, na terça-feira (4).

O caso do CEO cristão levantou um debate sobre liberdade de expressão e liberdade religiosa, com manifestações de políticos, líderes religiosos e comentaristas da mídia.

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