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China: Xi Jinping diz que Forças Armadas devem se preparar para a guerra


China: Xi Jinping diz que Forças Armadas devem se preparar para a guerra

O presidente Xi Jinping anunciou que a China está “se preparando para a guerra” e isso deve alarmar o mundo. Durante um encontro com a Comissão Militar Central, na última quarta-feira (9), Xi pediu para o exército concentrar toda a sua energia “na luta”.

O Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista da China (PCC), publicou fotos do chefe de Estado com vestimentas militares durante uma visita ao centro de comando de operações conjuntas da Comissão Militar Central (CMC).

Em discurso às Forças Armadas, o ditador afirmou que os soldados devem estudar, divulgar e implementar perfeitamente os princípios norteadores do 20º Congresso Nacional do PCC e tomar ações concretas para modernizar ainda mais a defesa do país. 

‘Eventual embate com seu rival’

De acordo com notícias da Folha de S. Paulo, Pequim apresentou um míssil hipersônico “matador de porta-aviões” e um drone de ataque com capacidade intercontinental, durante o evento aeroespacial — Airshow China, em Zhuhai. 

“Mais do que procurar clientes estrangeiros para os produtos, o que o regime comunista busca é lembrar os EUA que está se preparando para um eventual embate com seu maior rival estratégico, particularmente em torno da autonomia da ilha de Taiwan”, diz o veículo. 

Vale citar que a tensão entre Pequim e Washington atingiu um dos maiores níveis da história, neste ano, quando a presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, visitou Taiwan, a ilha autônoma que a China considera sua. 

‘Governo não descarta o uso das Forças Armadas’

Xi Jinping foi reeleito como secretário-geral do Partido Comunista Chinês, em outubro, e vai para seu terceiro mandato no comando do país pelos próximos cinco anos. O pleito tornou Jinping o líder mais poderoso do país desde Mao Tsé-tung.

Com a vitória, Xi acumulará três cargos pelos próximos anos. Além da Secretaria Geral do partido, o ditador também se mantém como presidente do país e chefe das Forças Armadas.

Conforme notícias do IG, entre os principais pontos para o próximo governo está a oposição de separatistas que querem a independência de Taiwan. Os chineses pretendem contra-atacar para evitar separação do país do governo e não descarta o uso das Forças Armadas.

A nova Constituição ainda prevê o reconhecimento do Partido Comunista Chinês como força de liderança política suprema e seu líder, no caso Xi Jinping, como autoridade central e norteadora para o crescimento da China. As regras ainda obrigam lealdade política do exército.

Se a China invadir Taiwan…

Conforme o especialista escatológico, Michael Snyder, a única razão pela qual a China estaria envolvida num conflito militar, seria por invadir Taiwan. Se isso acontecer, automaticamente EUA e China entrarão em guerra.

“Os chineses sabem disso, mas o presidente Xi Jinping está avançando com os preparativos para a guerra de qualquer maneira”, explicou. 

O especialista lembra que Xi já afirmou que fortalecerá de forma abrangente seu treinamento militar e estará preparado para qualquer guerra. “Será a primeira vez em décadas que a China está em pé de guerra. Não muito tempo atrás, os chineses eram nossos melhores amigos [dos EUA] e estávamos fazendo tudo o que podíamos para aprofundar as relações comerciais com eles”, disse.

No momento, a economia americana é muito dependente dos produtos chineses e, se houver um conflito militar, o fluxo de bens será interrompido. “Portanto, esperamos que tal guerra não se materialize tão cedo”, comentou Snyder. 

‘Guerra em 2023 é uma possibilidade real’

Snyder também citou que, no mês passado, um oficial de alto escalão da Marinha dos EUA alertou que a China pode reivindicar Taiwan “ainda este ano” e pegar os EUA e o mundo de surpresa. 

“O que vimos nos últimos 20 anos é que eles cumpriram todas as promessas que fizeram antes do que disseram que cumpririam. Pessoalmente, não acho que veremos uma guerra entre os EUA e a China em 2022, mas em 2023 é uma possibilidade muito real”, afirmou.

De acordo com Snyder, muitas autoridades no Japão também veem a necessidade de se preparar para um conflito iminente com a China: “Se a China atacar Taiwan, provavelmente terá que enfrentar seu rival regional de longa data, o Japão”. 

“Descobri em três dias de reuniões com autoridades e analistas japoneses, em Tóquio, que a ameaça de agressão chinesa está produzindo uma revolução silenciosa na política japonesa, e levando a nação a se preparar para uma guerra”, continuou.

Ele também lembra que a Coreia do Norte e a Coreia do Sul também estão se aproximando de uma guerra, ao relacionar que, nos últimos dias, a Coreia do Norte testou mais de 30 mísseis, e isso inclui um ICBM que provocou um alerta de evacuação no norte do Japão.

“É claro que a Coreia do Norte já testou muitos mísseis antes, mas neste caso, os norte-coreanos estão admitindo que acabaram de realizar ataques simulados na Coreia do Sul”, revelou o especialista.

“Acredito que a Terceira Guerra Mundial já começou”

Snyder disse ainda que a Rússia também está planejando testar um míssil balístico intercontinental pela segunda vez: “Moscou testou o RS-28 Sarmat pela primeira vez em abril”. 

O político russo Aleksey Zhuravlyov ameaçou anteriormente usar a arma mortal, já que a Finlândia e a Suécia estavam prestes a se juntar à OTAN.

Ele disse que Satan-II poderia atingir o Reino Unido em 200 segundos se disparado da província europeia da Rússia, Kaliningrado. Foi alegado que um único RS-28 Sarmat possui poder de fogo suficiente para destruir uma área do tamanho do Texas. Os EUA não têm nada comparável.

“De fato, os antigos mísseis Minuteman que atualmente formam a espinha dorsal do arsenal nuclear estratégico dos EUA, não estão programados para serem substituídos por algo novo até por volta de 2030”, disse Snyder. 

“Infelizmente, o mundo será completamente diferente em 2030. Acredito que a Terceira Guerra Mundial já começou, e vários novos conflitos devem surgir nos próximos 12 meses”, alertou ao citar também os conflitos entre Israel e Irã.

“Acho que esse é, provavelmente, o conflito mais provável que surgirá a seguir. Esta é realmente uma época de ‘guerras e rumores de guerras’, mas a maioria das pessoas ainda não entende o que está acontecendo”, concluiu. 

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