Competição injusta: Atletas trans quebram recordes em esportes femininos
Enquanto cresce o número de homens que “sentem que são mulheres”, também aumenta o número de atletas do sexo masculino que insistem em competir em esportes femininos, como se fossem mulheres.
Mas, enquanto eles “quebram recordes por elas”, as atletas protestam contra a injustiça e muitos defensores mostram que elas não estão sozinhas nesta luta.
“Os homens não pertencem aos esportes femininos. É senso comum”, disse o jornalista Grant Atkinson, em seu artigo no Alliance Defending Freedom (ADF). Grant trabalha na ADF defendendo os valores cristãos.
Ele lembra dos atletas identificados como transexuais, que venceram em competições de atletismo para meninas do Ensino Médio em Connecticut, ganhando 15 títulos estaduais.
“Infelizmente, isso está longe de ser um incidente isolado. Atletas masculinos começaram a competir em vários esportes femininos em todo o mundo, tanto no nível amador quanto no profissional. E muitos deles não estão apenas competindo; eles estão ganhando”, destacou.
‘Os fatos não podem ser ignorados’
Segundo Grant, um dos exemplos mais notáveis dessa tendência preocupante é a nadadora da Universidade da Pensilvânia, Lia Thomas — o atleta é um homem que competiu na equipe masculina de natação por três anos.
Thomas ingressou na equipe feminina em 2020 e já na temporada 2021-2022, ele estava dominando as adversárias. Em março de 2022, Thomas derrotou duas medalhistas olímpicas para ganhar um campeonato da NCAA no evento de estilo livre de 500 jardas.
“Você provavelmente já ouviu falar da história de Thomas antes, já que foi divulgada e celebrada pelos principais meios de comunicação, incluindo ESPN, Sports Illustrated e CNN. No entanto, embora Thomas tenha repetidamente negado ter uma vantagem significativa sobre as atletas do sexo feminino, os fatos não podem ser ignorados”, apontou.
Diferenças entre homens e mulheres
“Atletas masculinos correm consistentemente mais rápido do que atletas femininas, e há ‘muitos fatores’ que contribuem para esses tempos mais rápidos. Os homens têm estatura óssea maior, mais massa muscular e mais capacidade cardíaca e pulmonar do que as mulheres, só para citar alguns”, frisou.
“Essas diferenças também dão vantagens aos homens em outros esportes. Em vez de reconhecer essas vantagens muito reais, muitas ligas esportivas em todo o mundo estão simplesmente permitindo que atletas masculinos venham competir contra mulheres”, esclareceu.
O jornalista listou os 29 esportes em que atletas masculinos competiram injustamente contra mulheres:
- Basquete feminino — Um homem de 50 anos e 1,80 m, que jogou em um time universitário masculino 30 anos antes, jogou em um time feminino de basquete universitário júnior.
- Handebol de praia feminino — Um atleta do sexo masculino, que anteriormente jogou no time de futebol feminino da Divisão III da NCAA, agora joga no time de handebol de praia feminino dos EUA.
- Culturismo feminino — Um homem que havia competido no fisiculturismo masculino no passado começou a competir como mulher.
- Críquete feminino — Um atleta masculino competiu em um time feminino de críquete na Inglaterra e outro atleta masculino o fez anteriormente na Austrália.
- Cross country feminino — Um corredor masculino competiu em uma equipe feminina de cross country da Divisão I da NCAA e foi eleito o “Atleta Feminino da Semana” da conferência.
- Ciclismo feminino — Um atleta masculino conquistou o ouro na corrida de 200 metros feminino nos Campeonatos Mundiais Masters de Ciclismo em Pista de 2018 e 2019. Outro ciclista masculino competiu pela primeira vez na categoria feminina em 2017.
- Golfe de disco feminino — Este atleta masculino venceu dois eventos de golfe de disco profissional em 2022, ambos nos eventos Elite Series do Disc Golf Pro Tour.
- Queimada feminina — Um atleta do sexo masculino que já competiu no time masculino de queimada do Canadá, mais tarde competiu no time feminino do mesmo país.
- Futebol feminino — Diversos atletas masculinos que já haviam competido em times de futebol masculino e agora competem no futebol feminino.
- Golfe Feminino — Um atleta masculino está tentando se qualificar para a Ladies Professional Golf Association. Anteriormente, um atleta masculino foi aprovado para competir no Ladies European Tour em 2004. E outro atleta masculino foi autorizado a participar da Competição Mundial Feminina de Long Drive de 2020.
- Hóquei feminino — Um jogador de hóquei masculino participou da Canadian Women's Hockey League.
- Lacrosse feminino — Um atleta masculino de 30 anos compete em uma equipe feminina de lacrosse da Divisão III da NCAA.
- MMA feminino (artes marciais mistas) — Um lutador de MMA masculino que competiu como mulher quebrou a cavidade ocular de uma adversária e causou-lhe uma concussão (lesão cerebral causada por uma pancada na cabeça). Anos depois, outro lutador masculino competiu como mulher e sufocou uma competidora até a finalização no segundo round.
- Mountain bike feminino — Um atleta do sexo masculino que já competiu na divisão aberta masculina venceu campeonatos nacionais consecutivos na divisão de elite feminina em 2018 e 2019.
- Levantamento de peso feminino — Um levantador de peso masculino competiu como feminino e quebrou vários recordes antes de ser desclassificado.
- Roller derby feminino — Um atleta do sexo masculino faz parte de uma equipe feminina de roller derby que já conquistou o campeonato mundial quatro vezes. E outro atleta masculino ganhou uma vaga na equipe feminina de roller derby da equipe dos EUA.
- Remo feminino — Dois atletas do sexo masculino fizeram parte de uma equipe de remo que disputou uma regata feminina no Canadá.
- Rugby feminino — Vários atletas do sexo masculino competiram em times femininos de rugby. Um foi comemorado por ferir várias atletas do sexo feminino. O World Rugby finalmente proibiu os homens de competir contra as mulheres.
- Corrida feminina — Três corredores do sexo masculino foram autorizados a se qualificar e correr como mulheres na Maratona de Boston de 2018.
- Skate feminino — Um atleta masculino de 29 anos participou de uma competição feminina de skate de rua, na cidade de Nova York, e derrotou uma garota de 13 anos pelo primeiro lugar.
- Futebol feminino — Um jogador de futebol masculino ganhou uma vaga no time de futebol feminino da Divisão III da NCAA.
- Softball feminino — Um estudante do ensino médio recebeu uma das 15 vagas no time de softball feminino do colégio.
- Surfe feminino — Um atleta masculino que já venceu um campeonato estadual de surfe da Austrália Ocidental, na divisão masculina, competiu na divisão feminina em 2022 e venceu dois campeonatos estaduais femininos.
- Natação feminina — Um nadador masculino que competiu na equipe masculina por três anos começou a competir na equipe feminina e venceu o campeonato da NCAA de 2022, no evento de estilo livre de 500 jardas. Outro nadador masculino competiu na equipe masculina por três anos antes de competir na equipe feminina e registrar os tempos femininos mais rápidos em três eventos no Missouri Valley Conference Championships 2019, como nadador de exibição.
- Tênis feminino — Um tenista competiu no US Open de 1977 como uma mulher.
- Atletismo feminino — Dois atletas do sexo masculino dominaram as competições femininas do ensino médio em Connecticut. Um atleta masculino conquistou o primeiro lugar na corrida de milha feminina em um campeonato de conferência da Divisão I da NCAA. E outro atleta universitário masculino venceu os 400 metros com barreiras no campeonato nacional feminino da Divisão II da NCAA.
- Voleibol feminino — Um atleta masculino competiu em um time de vôlei feminino da Divisão III da NCAA. Atletas masculinos também competiram em times profissionais femininos nos Estados Unidos e no Brasil.
- Levantamento de peso feminino — Um levantador de peso se classificou e competiu na categoria feminina nas Olimpíadas de Tóquio em 2020, apesar de ser homem.
- Luta livre feminina — Um homem competiu na luta livre profissional feminina.
Com esse ‘relatório’ mostrando a invasão masculina nos esportes femininos, Grant alerta que “não podemos mais ignorar o que está acontecendo”.
“Quando homens que se identificam como mulheres têm permissão para competir em esportes femininos, são as mulheres e as meninas que sofrem. Ao serem forçadas a competir contra homens, as atletas de esportes de contato enfrentarão riscos de segurança”, disse ainda.
“E as atletas femininas em geral verão suas oportunidades atléticas e acadêmicas limitadas. Mulheres e meninas estarão se preparando para competir sabendo que não podem vencer”, continuou.
Atletas são injustiçadas
Além das preocupações com justiça e segurança, as atletas podem perder a chance de ganhar recompensas monetárias por suas realizações atléticas, lembrou o jornalista que ainda citou que para muitas mulheres, o atletismo é a melhor aposta para uma bolsa de estudos. Mas agora, os homens estão sendo autorizados a competir por essas vagas.
“Foi exatamente o que aconteceu em Connecticut. E é por isso que os advogados da ADF entraram com uma ação federal em nome de quatro atletas femininas desafiando a atual política que permite que atletas masculinos sejam admitidos para competir contra mulheres”, apontou.
“Um tribunal distrital indeferiu o caso, mas os advogados da ADF recorreram ao Tribunal de Apelações dos EUA para o 2º Circuito. As alegações orais ocorreram em setembro de 2022.