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“Em 31 de outubro não celebramos os mortos, mas os heróis”, diz pastor sobre a Reforma


“Em 31 de outubro não celebramos os mortos, mas os heróis”, diz pastor sobre a Reforma

Para que servem os feriados? De acordo com o professor e pastor, Rodrigo Mocellin, da igreja Resgatar Guaratinguetá: “Os feriados servem para retratar a identidade de um povo”. 

Ao citar o calendário judaico, o pastor lembra que todas as festas e celebrações apontavam para algo especial na vida do povo. E assim, acontece com os demais povos que não adoravam ao Deus verdadeiro. 

Logo, o feriado do Halloween ou Dia das Bruxas não tem nenhuma origem dentro do cristianismo. “Para alguns, participar de um evento de origem pagã, expõe seus filhos a influências demoníacas, outros não veem nenhum mal por não haver uma conotação religiosa”, explicou Mocellin. 

‘Participar do Halloween é a perda da identidade cristã’

Na opinião do pastor, o cristão não deve se associar a esse tipo de feriado. Segundo ele, a origem do Halloween não é tão fácil de entender. “Alguns associam a festa ao ‘rei dos mortos’, outros dizem que tem vínculo com a cultura celta, que marcava o início do calendário em 1º de novembro”, continuou.

Logo, o dia 31 de outubro seria o último dia do ano para esse povo que acreditava que “o mundo dos vivos e dos mortos estaria mais próximo, o que abriria a porta do inferno para que os demônios saíssem para assombrar as pessoas”. 

“Para conter a fúria desses demônios, os sacerdotes recolhiam oferendas das pessoas para que ficassem mais tranquilos. Desse modo, ‘doces ou travessuras’ das crianças substituiria ‘oferenda aos deuses ou a maldição em sua casa’”, esclareceu.

“Qualquer que seja a origem do Halloween, ela remete a mortos, demônios e espíritos. Participar de um evento desse é a perda da nossa identidade”, resumiu.

Que identidade imprimimos em nossos filhos?

“Em Israel, cada feriado retratava algo. O povo era escravo do Egito e, na noite de fuga da escravidão, Deus ordenou que os judeus celebrassem uma festa com um cordeiro — a Páscoa”, lembrou.

Ele continua explicando que havia um ritual a ser respeitado — cordeiro sem defeito, sangue no batente da porta e o ato de “comer às pressas”. Todos os anos, os judeus deveriam celebrar esse feriado. 

E qual a razão disso? “Em Êxodo 12.26, Deus explica: ‘Imprimir uma identidade em seus filhos’. As crianças iriam olhar para aquele ritual e perguntar: ‘Por que estamos fazendo isso?’ E então, os pais contariam sobre os grandes feitos de Deus por Israel”, respondeu. 

Feriados eram oportunidades de mostrar às crianças que “a formação daquele povo estava totalmente atrelada ao poder e ao amor de Deus por eles”. 

“Este é o objetivo de um feriado — imprimir uma identidade nacional. E quando seu filho perguntar: Por que se vestir de monstro? Por que dizer: doce ou travessura? Você terá que levá-lo à origem ruim dessas coisas”, explicou.

Como explicar o significado do Halloween?

O pastor diz que, se os pais cristãos disserem que “o feriado não significa nada”, será tão ruim quanto participar dele. 

“É deixar o paganismo para adotar o materialismo”, explicou Mocellin ao lembrar que o materialismo faz parte da identidade nacional de quase todos os países do Ocidente, onde anjos e demônios, Deus e diabo, podem ser apenas figuras.

“Sendo assim, você pode se vestir do que quiser, e é assim que pensa a maioria. No entanto, nós, protestantes, temos uma identidade e uma origem para o dia 31 de outubro”, mencionou.

Dia da Reforma Protestante

Em 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero fixou suas 95 teses nas portas da Igreja de Wittenberg e sua iniciativa em protestar contra a doutrina e a prática de indulgências mudou o rumo da história do cristianismo. 

“Historiadores, protestantes ou não, concordam que não dá para explicar o Ocidente livre e próspero que surgiu sem falar da Reforma Protestante”, considerou o pastor.

Se não fosse a Reforma, até hoje estaríamos rezando missa em latim, acendendo vela para morto, pagando indulgências pela nossa Salvação e nos ajoelhando diante de pedaços de gesso”, continuou. 

‘Indulgências ou salvação pela graça?’

“Deus usou Moisés para libertar seu povo da escravidão egípcia e Deus usou seu servo Lutero para nos libertar da escravidão católica. Por que não comemorar a Reforma?”, questionou o pastor. 

Como sugestão, ele disse que as crianças podem ser vestidas de monges e bater nas portas dos vizinhos, perguntando: “Indulgências ou salvação pela graça?”.

Comparando os dois feriados, Reforma e Halloween, o pastor ainda pergunta: “A Bíblia — que foi atestada por Cristo como palavra de Deus ou Concílios que se contradizem?

“Nós temos algo a celebrar no dia 31 e não é o Dia dos Mortos, é o Dia dos Heróis. Nós sabemos da nossa origem e identidade. Nós descendemos de homens dispostos a morrer por sua fé, pois sabiam que ‘1 mais Deus é maioria’”, concluiu.

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