Estudo médico aponta a oração em línguas como uma prática espiritual
Em 2008, a Universidade da Pensilvânia divulgou as descobertas de um estudo médico provando que a oração em línguas é uma prática espiritual, e não fisiológica, segundo uma reportagem da ABC News.
No estudo, os pesquisadores tiveram uma visão científica da atividade cerebral dos participantes enquanto eles falavam em línguas.
A oração em línguas é uma prática antiga mencionada na Bíblia. Este é o fenômeno espiritual que o neurocientista Andrew Newberg, professor adjunto de estudos religiosos da Universidade da Pensilvânia, se propôs a encontrar uma explicação.
Ao tentar descobrir a relação entre fé e ciência, seu estudo verificou que as línguas estranhas não são uma linguagem comum. “Não é uma linguagem regular, pelo menos, que normalmente ativaria o lobo frontal do cérebro”, disse Newberg à ABC News.
Em seu estudo, Newberg analisou como a oração em línguas afeta o cérebro “durante aqueles momentos extremamente profundos e poderosos de fé”. Ele notou que a experiência neurológica é semelhante à experiência espiritual.
Quando os participantes do estudo oraram em sua língua nativa, sua atividade cerebral indicava um comportamento normal para a fala no lobo frontal. No entanto, quando oraram em línguas, sua atividade cerebral mostrou algo extremamente diferente.
“A pesquisa mostrou que o lobo frontal, a parte do cérebro que controla a linguagem, estava ativa quando eles oravam na língua nativa. Mas, na maior parte, ficou quieto quando eles oravam em línguas”, disse o pesquisador.
“Quando eles estão realmente engajados nessa prática espiritual, que é muito intensa para eles, seus lobos frontais tendem a entrar em atividade, mas eu acho que é muito consistente com o tipo de experiência que eles têm, porque eles relatam que não estão no comando — é a voz de Deus, o Espírito de Deus que está se movendo através deles”, explica o Dr. Newberg.
Donna Morgan, coautora do estudo, é cristã e considera a capacidade de falar em línguas um dom. “Você está ciente do seu entorno. Você não fica fora de controle”, ela explicou ao New York Times. “Mas você não tem controle sobre o que está acontecendo. Você está apenas fluindo. Você está em um reino de paz e conforto, e é uma sensação fantástica”.