Igrejas se mobilizam para ajudar imigrantes na fronteira dos Estados Unidos
A crise migratória dos últimos anos nas Américas (Sul e Norte) pode ser encarada por duas perspectivas, sendo uma a econômica, cultural ou política, e a outra espiritual, moral e humanitária. Igrejas localizadas na fronteira dos Estados Unidos com o México, aparentemente, estão preferindo lidar com esse problema da forma mais correta possível.
A Igreja Batista do Sul tem mobilizado seus membros para auxiliar os imigrantes ilegais, muitos dos quais já detidos e outros aguardando processo de legalização por parte das autoridades.
“Eles precisam de ajuda e os batistas de Oklahoma estão a caminho”, disse o diretor da Convenção Batista Geral de Desastre de Oklahoma, Don Williams.“Vamos fazer o que somos treinados e equipados para fazer”.
A ideia dos evangélicos é dar suporte aos imigrantes desabrigados, oferendo comida, água, remédios e suprimentos básicos em geral, até que eles possam solucionar a situação em trânsito na fronteira.
Visando potencializar o trabalho, os Batista do Sul se uniram a Cruz Vermelha, ao Exército da Salvação e aos batistas do Texas, conseguindo aumentar o número de refeições oferecidas diariamente, de 1.700 para 9.000.
“Para nós, [o desastre] é algo que excede a capacidade de alguém ou de uma comunidade local se apoderar. As pessoas precisam comer. O sistema está tenso, então vamos ajudar”, disse Don Williams, segundo informações do Oklahoman.
O evangelista Franklin Graham, fundador da organização missionária internacional Bolsa do Samaritano, também se uniu aos batistas para enviar suprimentos aos imigrantes. “Algumas dessas pessoas estiveram viajando por meses e eles têm passado por tanta coisa”, disse ele.
Sami DiPasquale, diretor executivo da New Town, um centro de apoio que atende pelo menos 1000 imigrantes em El Paso, região americana que faz fronteira com o México, também falou em outra ocasião sobre a união de pelo menos 30 igrejas em prol dos imigrantes.
“Elas foram anfitriões, elas doaram materiais, motivaram suas denominações”, disse ele. O trabalho é visto pelas denominações como uma oportunidade de praticar o Evangelho, demonstrando o amor de Deus através de ações, mas também do ensino da Palavra aos imigrantes.