MP pede absolvição de jovem que matou mãe de Delino Marçal em frente a igreja
O Ministério Público de Goiás (MPGO) pediu a absolvição do assassino da mãe do cantor Delino Marçal, argumentando que o jovem foi “incapaz” de saber o que estava fazendo quando espancou a pastora até a morte na igreja, em Goiânia.
O MP pediu a dispensa de oitiva das vítimas e testemunhas listadas na denúncia e defendeu a tese de “absolvição pela inimputabilidade do acusado”, em um Termo de Deliberação em Audiência de Instrução e Julgamento, do dia 1º de novembro.
O juiz acolheu o pedido do MP de dispensa de oitiva das vítimas e testemunhas listadas na denúncia e determinou que a defesa seja intimada para se manifestar em cinco dias, informou o g1.
Em 14 de janeiro, a pastora Odete Rosalina Machado da Costa, de 79 anos, foi morta a pancadas na porta da Igreja Assembleia de Deus, no Residencial Kátia, em Goiânia.
De acordo com a Polícia Civil, Matheus Macaubas Lima Santos invadiu a igreja e começou uma briga com um homem. Em seguida, agrediu Odete com um objeto de metal e fugiu.
Matheus foi preso em flagrante, poucas horas após o crime e foi indiciado por homicídio doloso, lesão corporal e desacato.
A pastora Odete foi agredida até a morte em Goiânia. (Foto: Reprodução/Google Street View)
Justificativa do laudo médico
Em 11 de abril, um laudo emitido pela junta médica do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) apontou que Matheus foi considerado “incapaz” de entender e determinar o que estava fazendo no momento do crime.
Na época do homicídio, o delegado André Veloso disse que Matheus teve um surto psicótico e tentou matar a própria esposa e a enteada horas antes de invadir a igreja. Depois, saiu correndo nu e chegou a ser filmado por uma pessoa que dirigia próximo ao local.
Na avaliação dos médicos, Matheus tem uma forma de esquizofrenia, com pensamentos persecutórios, alucinações auditivas, vínculos afetivos prejudicados, inteligência adequada para os padrões socioculturais e juízo crítico prejudicado.
O cantor Delino Marçal ainda não se pronunciou publicamente sobre o andamento do caso.