O corpo de Jesus
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[et_pb_column type=”4_4″][et_pb_text admin_label=”Text”]Certa feita assistimos uma película bastante interessante. Com a denominação de A investigação, o filme nos remete aos anos seguintes à morte do Cristo.
A intenção parece clara, a princípio: tentar provar que verdadeiramente o Mestre não ressuscitou.
É que os homens, por não entenderem das questões, acreditam que Jesus ressuscitou e apareceu com Seu corpo de carne.
De fato surge a pergunta: O que aconteceu com o corpo de carne de Jesus?
Pois se o corpo com que se apresenta à Madalena, aos discípulos e ascende aos céus, na Galiléia, é um corpo espiritual, diferente – onde está o de carne, que foi sepultado nos jardins de José de Arimatéia?
Teriam os discípulos furtado o corpo?
Possivelmente, não. Os quatro Evangelistas nos dizem que os discípulos se espantaram ao receberem a notícia da ressurreição do Cristo.
À época, eles não entendiam as questões mais profundas que dizem respeito ao corpo espiritual.
Eles estavam amedrontados, temiam as perseguições. Seriam incapazes de uma ação que requeria coragem, desde que os sacerdotes haviam tomado todas as providências para que o corpo não caísse nas mãos dos Apóstolos.
Teriam os sacerdotes furtado o corpo?
O Corpo de Jesus
Também não. Eles, em especial, tinham o máximo interesse em conservar o corpo de Jesus no túmulo.
Seria muito oportuno apresentar o corpo, quando os discípulos começassem a pregar o Evangelho do Senhor e falassem da ressurreição. O que eles desejavam mesmo era mostrar o corpo sepultado de Jesus, para provar que Ele não tinha a capacidade de ressurgir, como afirmara antes da Sua morte.
Mas por que o corpo deveria desaparecer?
É bom levar em consideração que até então, tanto os sacerdotes como os discípulos de Jesus levavam Suas palavras ao pé da letra. Não tinham idéia exata de como o Espírito sobrevivia à matéria.
Se, portanto, os discípulos vissem o corpo de Jesus se dissolvendo no túmulo, pelo processo natural pós-morte e O vissem, ao mesmo tempo, vivo, ressuscitado, tomariam o Mestre por uma visão. Não acreditariam no que tinham visto.
Dessa forma, o desaparecimento do corpo de Jesus trouxe duas vantagens ao movimento nascente.
Primeira, fortificou a fé dos discípulos que, vendo o Mestre materializado perante eles, não mais duvidaram da Sua missão e saíram a pregar o Evangelho.
Segunda, deixou os sacerdotes sem nenhuma arma para contradizer os ensinos de Jesus. Não puderam semear a confusão, como pretendiam, no seio do Cristianismo.
Como desapareceu o corpo de Jesus? Possivelmente, Ele mesmo, o Senhor dos Espíritos, com todo o Seu poder, o terá desmaterializado. Já de outra feita, ainda em vida terrena, isso realizara, para escapar da sanha assassina dos que O pretendiam matar, lançando-O de cima de um grande monte.
Ou então, amigos de Jesus transportaram o Seu corpo para algum túmulo distante e desconhecido. Ali se desfez, retornando a matéria ao reservatório da natureza, em processamento natural.
De uma ou de outra forma, foi uma medida muito acertada para se evitar conseqüências danosas ao futuro do Evangelho. Com certeza, também para evitar que o Seu corpo se tornasse fruto de veneração, idolatria, em detrimento dos Seus ensinos imperecíveis.
Afinal não foi o próprio Cristo que ensinou que se deveria adorar ao Pai em Espírito e Verdade? Como poderia Ele não providenciar para que o Seu corpo não se tornasse objeto de disputa ou adoração indevida?
Mesmo na morte, percebe-se a grandeza desse Espírito excelso que é o Senhor Jesus, nosso Irmão e Mestre. O túmulo onde foi encerrado o corpo de Jesus jamais fora utilizado anteriormente. Se ninguém reclamasse o corpo, ele seria atirado à vala comum. Ou como normalmente acontecia, apodreceria na cruz.
José de Arimatéia era um dos muitos admiradores de Jesus. Pertencia à classe culta da Judéia e gozava de grande influência junto ao Governo. Sem medo, ele interfere e reclama o corpo de Jesus para Lhe dar sepultura decente. Gratidão do amigo a quem lhe trouxera os ensinamentos da vida eterna.
Que esta mensagem possa fazê-lo refletir.
Deus abençoe.
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