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O poder do hábito


O poder do hábito

Uma das matérias de que mais gostei quando fiz faculdade de Teologia, sem dúvida nenhuma, foram as de hebraico e grego. Mais do que entender a “gramática” em si, foi interessante estudar no original da Bíblia e ver os detalhes específicos de cada língua, e o quanto estudar no original enriquece um estudo ou uma pregação.

Esses dias estava estudando o livro de Lucas, quando me atentei a uma parábola específica, a do amigo importuno (pelo menos na minha Bíblia está assim). Ela fala de um amigo que procura outro amigo tarde da noite, em prol de buscar algo para servir de recepção a uma terceira pessoa que vai “visitá-lo”. A parábola diz que ainda que a pessoa que foi importunada tarde da noite, não o faça pela sua “amizade”, o fará por causa da sua importunação ou insistência. Dito isso, Jesus conclui o raciocínio da parábola com um versículo: “Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta” (NVI Lc11.10).

Essa frase pode ser dividida em 3 partes. Se formos analisar no grego as palavras “pede”, “busca” e “recebe”, conseguimos ver que elas estão no mesmo modo verbal, que é o “particípio”. O particípio significa que é um ato contínuo, um hábito, ou seja, não significa que a pessoa pediu uma vez, foi um ato contínuo, foi um hábito, foi frequente. A mesma coisa serve para busca, a pessoa não buscou uma só vez, buscou frequentemente, de maneira habitual, contínua. E a mesma coisa com a palavra recebe.

Agora, se formos analisar as outras palavras: “recebe”, “encontra” e “a porta será aberta”, elas também estão no mesmo modo verbal, só que é outro, é o “indicativo”. O indicativo significa certeza. Ou seja, a pessoa vai receber com certeza! A pessoa vai encontrar com certeza! A porta será aberta com certeza! Não existe dúvida, é certo que vai acontecer!

Juntando e concluindo o raciocínio do que Jesus quis dizer, por exemplo, quando Ele diz a primeira parte: “todo aquele que pede, recebe”, o que Jesus está dizendo é que todo aquele que pede de maneira contínua, frequente, como se fosse um hábito, ele com certeza receberá! Não existe dúvida, ele receberá! Você entende o poder disso?

Da mesma forma a outra parte, “o que busca encontra”. Quem busca de maneira contínua, habitual, frequentemente, com certeza vai encontrar! Não existe dúvida, ele vai encontrar!

Por fim a terceira parte, “e àquele que bate, a porta será aberta”. Quem insistentemente bate na porta, de forma contínua, habitual, ela será aberta com certeza! Não existe dúvida nisso!

Só uma última ressalva da frase anterior, o termo “a porta será aberta”, está na voz passiva do grego, que significa que “alguém” irá abrir a porta, não será a pessoa em si que está batendo. Em outras palavras (e conhecendo quem abre as portas para nós), podemos entender que se você continuar de maneira insistente batendo na porta, de maneira contínua, habitual, Deus abrirá essa porta pra você! Amém? Você crê nisso?

Essa parábola nos ensina que devemos incluir “coisas” nos nossos hábitos, no nosso dia a dia; por exemplo, temos que pedir, que orar, isso tem que ser um hábito para nós, Deus não quer que você peça ou ore uma só vez, Ele quer que façamos de maneira habitual… da mesma forma quando falamos do buscar, ou agir, nos mexer, Deus deseja que sejamos um povo de ação, de movimento, que corra atrás dos seus objetivos… e por fim, que possamos bater nas portas, se uma não der certo, tente outra, não desista, tenho convicção absoluta que Deus tem portas abertas na vida de todos seus filhos. Portanto, não desista, Ele vai abrir a porta certa na sua vida! Amém? Deus abençoe!

 

Rodrigo Pestana é Pastor, Engenheiro, Bacharel em Teologia com pós em Psicologia. Ministro de libertação, intercessor e capelão em centros de recuperação e hospitais. Ajuda as pessoas no entendimento bíblico, aconselhamentos e na ativação de seus dons. Canal no YouTube com seu nome, onde ministra semanalmente. Mora na cidade de Indaiatuba/SP, casado com Daniela e pai de Raphael.

* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

 

Leia o artigo anterior: Poder de Deus ou propósito de Deus. Qual o mais importante?

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