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Pastor preso por manter igreja aberta na pandemia recebe pedido de desculpas do governo


Pastor preso por manter igreja aberta na pandemia recebe pedido de desculpas do governo

Depois de ser preso por cinco vezes, por realizar cultos durante a pandemia, no Canadá, o pastor da província de Alberta, Artur Pawlowski, recebeu um pedido de desculpas por parte do governo. Ele observou que o país viu alguns dos mandatos mais rígidos do mundo na época da pandemia por Covid-19. 

“É um passo na direção certa”, disse o pastor ao se referir à atitude da primeira-ministra de Alberta, Danielle Smith, que tomou posse em 11 de outubro, se tornando a primeira líder canadense a se desculpar por discriminação contra os não vacinados no Canadá. 

Apesar de agradecer ao pedido de desculpas por parte da parlamentar, Pawlowski expressou ceticismo de que a nova primeira-ministra cumprirá suas promessas, especialmente porque vários ministros do mesmo gabinete serviram no governo anterior, incluindo algumas pessoas que ele alega estarem intimamente envolvidas em sua perseguição. 

“Por mais que eu goste desse pedido de desculpas de forma pública, não acho que ela tenha a ousadia e a coragem de realmente fazer o que é certo para ir atrás dos vilões”, disse Pawlowski que ainda não teve oportunidade de se reunir com ela.

Sobre a perseguição à Igreja

A repressão aos líderes cristãos na província conservadora de Alberta ganhou as manchetes internacionais. 

A polícia bloqueou igrejas e prendeu vários pastores, incluindo o pastor Tim Stephens, que foi preso depois que um helicóptero da polícia encontrou sua congregação, de Calgary, do lado de fora do templo. 

As múltiplas prisões de Stephens, na frente de seus filhos pequenos, levaram o senador Josh Hawley a instar a Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos EUA (USCIRF) a considerar a adição do Canadá à sua lista de observação. 

A Assembléia Legislativa do Estado de Ohio (EUA) aprovou uma resolução ecoando o sentimento de Hawley.

No início deste ano, Pawlowski ainda passou 51 dias na prisão depois de ser detido após um discurso aos caminhoneiros que estavam bloqueando a passagem da fronteira dos EUA em Coutts, Alberta. 

Pawlowski protestava contra o mandato de vacina do Canadá. O pastor disse à Fox News, depois que foi libertado, que foi humilhado e hostilizado pelas autoridades da prisão. Ele revelou que alguns guardas tentaram convencer outros presos a machucá-lo, mas eles se recusaram.

‘É o mesmo medo, terror e censura’

Depois de ter sido perseguido no Canadá, Pawlowski compartilhou sua história e disse que teme que os canadenses tenham se tornado complacentes com o que ele diz ser uma “tirania crescente no país”. 

Ele também afirmou, na época, que nunca teria ido para o Canadá depois de crescer sob o comunismo na Polônia se soubesse o que iria enfrentar.

“Você não pode questionar governos, você não pode questionar a grande mídia, assim como na minha infância, quando eu cresci atrás da Cortina de Ferro, na Polônia, sob as botas dos soviéticos”, lembrou. 

O pastor observou que algumas táticas nas democracias ocidentais de hoje são “idênticas ao que ele experimentou” crescendo em um país comunista: “É o mesmo medo e terror, a mesma censura. Isso está acontecendo aqui”. 

Depois de tudo o que passou…

Atualmente, Pawlowski está concorrendo a um cargo político, depois de se tornar líder do Partido da Independência de Alberta, em setembro. 

Aos possíveis críticos de pastores que se envolvem em política, ele já se adiantou apontando que a democracia norte-americana foi fundada em parte por membros politicamente ativos do cristianismo e observou que Alberta prosperou especificamente sob os ex-primeiros-ministros William Aberhart e Ernest Manning —  ambos eram pastores.

“Eu sou um canadense, um canadense livre. Livre para adorar como achar melhor, livre para defender o que acredito ser certo”, concluiu.

Conforme a Fox News, muitas das acusações contra Pawlowski foram retiradas em junho após sua apelação, mas ele ainda tem multas pendentes totalizando centenas de milhares de dólares por manter sua igreja aberta e alimentar os sem-teto durante o pico da pandemia.

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