Prestes a ser esfaqueado, ex-membro de gangue ora por agressor: “Deus foi a resposta”
Patrick Seymour era filho único de mãe solteira e passou seus primeiros anos no Mississippi, frequentando a igreja que seu bisavô fundou e ajudou a construir. Apesar disso, aos 12 anos ele acabou ingressando para uma gangue.
Ele sabia que era questão de tempo, até que a gangue decidisse eliminá-lo. Afinal, ele conhecia desde cedo aquele mundo de violência.
O jovem conta que tinha uma visão equivocada de Deus, por isso se desviou para a criminalidade:
“Eu via Deus como um Deus que tem padrões. Isso me colocou em desacordo com Ele porque eu pensei: ‘Você tem essas expectativas para minha vida, mas isso não me feriu'”.
A dor da ausência do pai, foi um dos motivos para que ele se afastasse da fé: “Na minha cabeça, era: ‘Bem, não sou bom o suficiente. Não sou bom o suficiente para que meu pai esteja aqui; não sou bom o suficiente para ser cristão, simplesmente não sou bom o suficiente, sabe?' Eu sou diferente. Não há ninguém aqui que tenha meu sobrenome. A única coisa que eu sabia era que nasci em LA [Los Angeles]”.
Ingressando em uma gangue
Quando a mãe de Patrick se mudou do Mississippi de volta para LA, ele estava esperançoso. “Agora eu posso realmente descobrir quem eu sou. Então, procurei um lugar onde pudesse ser bom o suficiente.”
O rapaz conta que a resposta parecia ser uma gangue chamada Crips: “As pessoas os temem, as pessoas os respeitam, mas também lhes dão seu espaço. E eu fico tipo, ‘É isso que eu quero.' Eu descobri o que os membros de gangues procuram em membros de gangues em potencial e comecei a praticar isso para ganhar essa comunidade e camaradagem que estava procurando, era o que tinha a fazer.”
Logo Patrick desenvolveu um exterior durão com reputação de lutador. “Meus manos mais velhos me conheciam por isso. E eles equipararam isso a não ter nenhum medo.”
Aos dezesseis anos, uma onda de furtos levou à sua primeira prisão. Por estar filiado a uma gangue e portando uma arma, Patrick foi julgado como adulto e condenado a vinte anos de prisão.
“Eu estava apavorado. Isso é sério. Não posso continuar a ser este grande impostor. Vou ter que realmente começar a viver esta vida agora”, pensou.
Patrick acabou sendo transferido para a prisão estadual da Califórnia. Sete anos após sua sentença, ele foi transferido para uma prisão estadual no Arizona e enviado para um programa antidrogas para presidiários, mesmo Patrick não querendo estar lá.
“Ainda estava usando drogas, vendendo drogas, fazendo facas. Estova fazendo tudo que é contra este programa. Acabei indo para o buraco, sendo expulso do programa”, conta.
Ouvindo a voz de Deus
Mas a equipe viu algo em Patrick e o queria de volta. Ele conta que quando estava sozinho, em confinamento solitário, decidiu desafiar Deus.
“Deus, se você me quer de volta no programa, você me coloca de volta”, lembra. “Eu estava dizendo: ‘Ei, se você é real, então faça isso.'”
Duas semanas depois, a equipe do programa o convidou a voltar.
“Eu ouvi esta voz dizer: ‘Lembre-se do que você me disse'. E eu fiquei tipo, ‘Não, isso não pode ser. Isso não pode ser Deus. Antes disso, eu apenas via Deus como sendo um Deus no céu. Eu não o via como sendo pessoal. Algo está acontecendo. Eu não sei o que é. Eu disse: ‘Acho que preciso ir à igreja agora'”.
Na semana seguinte, Patrick começou a frequentar a capela.
“O pastor pregou um grande sermão sobre Davi e foi como se Deus estivesse dizendo: ‘Ei, eu sei que você fez essas coisas, mas eu o perdoei. Já paguei o custo por isso. … Você não precisa ser um impostor; você não precisa mais ser o cara deles.' Deus disse literalmente: ‘Filho, você é aceito. O que você precisa e o que você correu para conseguir, é somente em Mim que você vai encontrar isso. Então, vamos deixar isso e então eu vou te mostrar quem você vai se tornar.' Eu me senti condenado e, da mesma forma, senti um peso sendo tirado. Então, eu fiquei tipo, ‘Deus, me desculpe. Me desculpe por ter ido tão longe sendo essa pessoa, com essa vida.' Essa foi a liberdade do tipo, ‘Oh, ok, eu tenho a resposta agora. E estou aceitando essa resposta agora.'”
Livramento de morte
Patrick disse a seu companheiro de cela que estava deixando a gangue para viver para Jesus. A notícia se espalhou rapidamente, e Patrick estava em seu beliche dormindo uma noite quando sentiu seu companheiro de cela parado sobre ele.
“Lágrimas escorrendo pelo rosto e uma faca na mão. Ele disse: ‘Cara, eles querem que eu te mate.' E, em minha mente, ouço Deus dizer: ‘Filho, não se preocupe com sua vida'. Então, eu digo a ele: ‘Escute, faça o que tiver que fazer, ok? Aqui está o que vou fazer. Vou orar por você porque estou em Cristo, estou salvo. Qualquer que seja a decisão você faz, meu fim já está determinado e é um bom fim. Estou confiante nisso agora. No entanto, seu fim ainda está sendo determinado. Então, vou orar por você, cara. E vou voltar a dormir.' E foi isso que eu fiz.”
Na manhã seguinte, o companheiro de cela de Patrick pediu uma transferência. Depois disso, ele testemunhou para muitos de seus ex-membros de gangue – e conheceu sua futura esposa – antes de ser libertado da prisão em 2017.
Hoje Patrick é um pastor respeitado, empresário; além de um marido e pai amoroso. Ele diz que Deus lhe deu identidade de uma forma que a vida de gangue nunca poderia.
“Mesmo quando as pessoas me elogiavam, eu não acreditava que era importante. E sempre fui importante para meu Pai. A evidência que Ele me mostrou é: ‘Filho, só existe um você. Você foi feito de maneira maravilhosa e terrível. Então, a grandeza está em você. Está literalmente entretecido em seu DNA.' Deus foi a resposta o tempo todo.”