Refugiados afegãos enfrentam deportações e são obrigados a deixar familiares
No Afeganistão, ainda há famílias sendo desfeitas e esposas perdendo seus maridos e pais por causa das deportações.
Depois de décadas de conflitos que o país já viveu, instabilidade política e desafios econômicos, essas questões ficaram ainda mais acentuadas desde 2021, quando o Talibã tomou o governo de forma extremamente violenta.
Essa volta dos terroristas fez com que 2,6 milhões de afegãos buscassem refúgio, conforme lembra a Portas Abertas. Aproximadamente 2,2 milhões de afegãos foram para Irã e Paquistão, segundo dados da agência de refugiados ACNUR.
E muitos destes refugiados temem que policiais os enviem de volta para o Afeganistão. Alguns contam que o número de deportações compulsórias de homens aumentou, tirando os maridos e pais das famílias refugiadas.
Lembrando que “deportar” é remover o imigrante irregular ou que tenha cometido algum crime. A deportação é mais frequentemente involuntária.
Sobre o risco da deportação
“Os refugiados deportados não tiveram sequer a chance de recorrer da decisão das autoridades”, disse uma fonte local, conforme compartilhou a Portas Abertas.
A organização revela que a situação aumentou demais a preocupação das famílias que temem a separação repentina e abrupta: “Isso dificulta a possibilidade de conseguir um emprego e, consequentemente, põe em risco o sustento de centenas de famílias”.
Um refugiado contou que dois de seus vizinhos foram detidos um dia. Eles foram enviados para além da fronteira do Afeganistão sem justificativa.
“Disseram que era uma deportação urgente, mas até agora não sabemos o verdadeiro motivo da ação repentina”, explicou o refugiado.
Muitos refugiados trabalham em lojas, cafeterias e restaurantes em pequenas cidades. Quase todos perderam o emprego por causa das deportações repentinas.
Alguns afirmam que “a vida no país que os acolheu não era fácil, mas o risco das deportações tornou a situação ainda mais difícil”.
Convertidos a Cristo podem enfrentar pena de morte
Retornar para o país significa um grande risco para os refugiados, especialmente os cristãos. A maioria deles deixou o islã para seguir a Cristo, o que, segundo as regras do Talibã, deve ser punido com pena de morte.
Foi a tomada do poder pelo Talibã que levou o Afeganistão ao topo da Lista Mundial da Perseguição 2022, ocupando o 1º lugar entre os 50 países onde os cristãos não são bem-vindos.
O Talibã não é um perigo somente para as mulheres, mas para as minorias étnicas e religiosas. Os cristãos estão sendo, literalmente, caçados pelos terroristas e mortos sem nenhuma piedade. A organização pede orações pelos irmãos afegãos.