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Waguinho conta que bandidos se entregaram a Jesus após desistirem de assaltá-lo


Waguinho conta que bandidos se entregaram a Jesus após desistirem de assaltá-lo

Há cristãos que assumem grandes riscos em nome da missão de levar o Evangelho, mas em meio aos perigos, os livramentos também podem se tornar testemunhos impactantes e mostram que vale a pena investir no ministério.

Em entrevista exclusiva ao Guiame, o cantor e evangelista Waguinho compartilhou sua alegria de ter recebido de Deus a oportunidade de evangelizar por meio do samba e também em contextos tão arriscados, como presídios.

“Eu acho muito nobre as pessoas que saem do Brasil para fazer missões em outros países. Há países que estão vivendo numa pobreza extrema, onde o Evangelho precisa ser pregado, porque a gente sabe que o Evangelho, além de levar a Palavra de salvação, também pode transformar muitas vidas que estão na miséria em vidas prósperas”, explicou.

“Mas pelo trabalho que o Senhor meu deu, eu tenho no meu ser que o Senhor me escolheu para levar o Evangelho por meio do samba a essas pessoas, que estão lá na bebida, no meio dos pagodes mundanos, no meio das drogas, dos presídios”, acrescentou. “Desde quando eu gravei o meu primeiro disco gospel, eu pedi a Deus que me desse a oportunidade de levar o Evangelho a essas pessoas”

Livramento

Segundo o cantor e pastor, em décadas de ministério, muitos fatos interessantes já lhe renderam bons testemunhos. Em um deles, ele se lembrou que foi justamente o fato de ter sido reconhecido como evangelista que acabou evitando um assalto.

“Tem coisas marcantes. Um fato muito inusitado aconteceu quando eu estava com minha esposa e meus filhos. Fomos cercados por um carro, na baixada fluminense, de onde saíram dois homens, cada um com uma pistola. Um deles colocou a pistola na minha cara e o outro na cara da minha esposa… meus filhos estavam no banco de trás”, relatou.

“[Eles disseram]: ‘Perdeu, perdeu! Sai do carro!'. Eu só levantei as mãos e falei: ‘Glória a Deus! Glória a Deus!'. No carro que estava na frente, o motorista olhou para nós e viu que era eu. Ele disse: ‘Não assalta, que esse aí é o pastor Waguinho'. Eles abaixaram a arma e foram murmurando para o carro”, continuou.

O pastor contou que ainda correu atrás dos assaltantes para orar por eles, mas ambos ficaram assustados com a situação.

“Eu falei: ‘Espera aí, deixa eu fazer uma oração por vocês'. Imagina só, os bandidos fugindo de nós, com a pistola na mão, enquanto eu e a minha esposa corríamos atrás deles para orar por eles”

Reencontro

Passados alguns meses, Waguinho foi realizar um culto em um presídio do Grajaú (RJ) e acabou reencontrando o homem que estava no volante daquele carro com os bandidos. Ele era o líder da quadrilha e reconheceu o evangelista.

“Você se lembra daquele dia que quase foi assaltado? Pois é, o cara que estava no carro e pediu para não te assaltar era eu. Eu estava desviado, mas junto com outro cara que estava comigo, nós falamos: ‘Não vamos assaltar porque o cara é pastor”, contou o homem.

Waguinho soube também que assim como as atitudes dos bandidos divergiram, os destinos que eles acabaram tendo também foram bem diferentes. Aquela quadrilha tentou outro assalto e aqueles dois homens que voltaram para o carro murmurando acabaram morrendo em um tiroteio com a polícia. Os homens que impediram o assalto de continuar sobreviveram.

“Eu sei que Deus me livrou porque naquele dia eu impedi assaltassem o senhor e sua família”, relatou o homem.

O líder da quadrilha era também traficante de drogas, mas decidiu abandonar a criminalidade após sobreviver àquele tiroteio, se reconciliou com Jesus e passou a frequentar uma igreja. Seis meses depois, foi parado em uma blitz e preso, devido à existência de um mandado de prisão sobre ele, pelos crimes ligados ao narcotráfico.

“Fui preso, mas estou com Jesus e estou tranquilo”, afirmou o então detento.

Posteriormente, Waguinho descobriu que outro integrante da quadrilha que sobreviveu ao tiroteio acabou se tornando pastor dentro de um presídio no complexo de Bangu. O reencontro aconteceu em um culto no qual mais de 1.000 presos participaram e mais de 100 se converteram.

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