Ataque em culto de domingo mata 15 cristãos em Burkina Faso
Pelo menos 15 cristãos foram assassinados por supostos militantes islâmicos que chegaram no culto atirando no domingo (25), em Burkina Faso.
O ataque aconteceu em uma igreja na vila de Essakane, província de Oudalan, no nordeste do país.
Segundo a Portas Abertas, doze pessoas morreram instantaneamente e três que foram levadas ao hospital também não resistiram aos ferimentos.
“Nesta dolorosa circunstância, convidamos você a orar por aqueles que morreram na fé, pela cura dos feridos e pela consolidação dos corações enlutados”, dizia uma declaração do Abade Jean-Pierre Sawadogo, chefe da diocese local.
País com mais ataques
Burkina Faso foi o país africano com a maior contagem de pessoas mortas em ataques de extremistas, de acordo com a Mission Network News. Em 2023, o país sofreu com os ataques violentos e mortais.
A maior parte das atividades terroristas na África Ocidental vem de grupos islâmicos radicais que lutam por um califado muçulmano. Levando em conta a motivação, sabe-se que muitos cristãos, pastores e igrejas estão nos planos dos criminosos.
Agravamento da perseguição
Com uma das piores crises de deslocamento do mundo, em Burkina Faso os cristãos estão entre os diversos grupos obrigados a abandonar suas casas em busca de segurança.
“Burkina Faso é conhecido pela tolerância religiosa e pela coesão social entre as pessoas, no entanto, a crescente insurgência islâmica ameaça a coexistência pacífica dos burquinenses”, explica Jo Newhouse, porta-voz da Portas Abertas para o trabalho na África Subsaariana.
“Os cristãos foram desproporcionalmente afetados pela crescente insurgência no norte do país, com igrejas e comunidades cristãs destacadas nos ataques, enquanto os muçulmanos que não estão do lado dos grupos extremistas islâmicos também sofreram muito”, continua ela.
O país africano avançou diversas posições, alcançando o vigésimo lugar na mais recente Lista Mundial de Vigilância, devido aos alarmantes índices de violência contra os cristãos, somados ao crescente agravamento das tensões nas esferas da vida privada, comunitária e nacional.